O Hobbit
Eduardo Lima
| 17-03-2025

· Equipe de Entretenimento
A adaptação de uma literatura querida para o cinema ou televisão frequentemente provoca fortes emoções entre os leitores.
Muitos já viram histórias amadas sendo alteradas além do reconhecimento devido a escolhas questionáveis de roteiro, direção sem inspiração, limitações orçamentárias ou atores mal escalados.
No entanto, algumas adaptações conseguem capturar a essência do material original enquanto oferecem suas próprias forças cinematográficas. Esta discussão foca em uma adaptação cinematográfica que se mostrou agradável apesar de suas diferenças em relação à fonte: O Hobbit de J.R.R. Tolkien.
Originalmente publicado em 1937, o romance foi posteriormente transformado em uma trilogia dirigida por Peter Jackson, lançada entre 2012 e 2014.
Os filmes apresentam Martin Freeman como Bilbo Bolseiro e Richard Armitage como Thorin Escudo-de-Carvalho, ao lado de atores que retornam dos filmes O Senhor dos Anéis, como Ian McKellen, Cate Blanchett e Orlando Bloom. Abaixo está uma comparação de dez diferenças notáveis entre o romance O Hobbit e sua adaptação cinematográfica.
1) Ampliação do Papel de Azog
No livro, Azog é mencionado apenas em eventos passados, tendo falecido durante uma batalha importante. No entanto, nos filmes, ele é retratado como um antagonista vivo que caça incansavelmente o grupo de Thorin. Essa alteração adiciona tensão contínua à história e intensifica as apostas.
2) Identidade de Thranduil Clarificada
Enquanto o livro se refere ao governante Elfo simplesmente como "O Rei Élfico", os filmes lhe dão um nome adequado: Thranduil. Essa adição evita ambiguidade e se alinha com outras obras de Tolkien.
3) Legolas Aparece nos Filmes
Legolas está ausente no livro, mas desempenha um papel significativo nos filmes. Sua inclusão proporciona continuidade com a trilogia O Senhor dos Anéis e aprimora as sequências de ação.
4) Introdução de Tauriel
Tauriel, uma personagem original criada para os filmes, é apresentada como uma guerreira do Reino das Florestas. Sua presença leva a uma sub-trama envolvendo Kili, que estava completamente ausente no livro.
5) O Conselho Branco e o Necromante
No livro, Gandalf menciona brevemente sair da companhia para assuntos importantes, mas os filmes expandem essa sub-trama. Eles mostram o Conselho Branco enfrentando a crescente ameaça do Necromante, adicionando profundidade à narrativa mais ampla da Terra-média.
6) A Passagem do Tempo
O livro retrata a jornada como ocorrendo ao longo de um período prolongado, com os viajantes passando semanas em Valfenda e na casa de Beorn. Em contraste, os filmes criam um senso de urgência, com os eventos se desenrolando em um ritmo mais acelerado.
7) Bilbo e o Anel Misterioso
No livro, Bilbo revela abertamente ao grupo sobre seu anel mágico, usando-o várias vezes para auxiliar em sua jornada. Nos filmes, no entanto, ele mantém isso em segredo, adicionando um elemento de mistério e prenunciando sua importância em O Senhor dos Anéis.
8) Papel Ampliado de Bard
No livro, Bard desempenha um papel menor, aparecendo principalmente para matar Smaug. Os filmes desenvolvem significativamente seu personagem, dando-lhe uma família e um papel mais ativo na defesa da Cidade do Lago.
9) A Batalha Contra Smaug
No livro, os anões não tentam lutar contra Smaug, que ao invés disso deixa a montanha devido a um mal-entendido. Os filmes, no entanto, adicionam uma elaborada cena de batalha dentro de Erebor, tornando o confronto mais dramático.
10) Momentos Finais de Thorin
A batalha final de Thorin é mais intensa nos filmes, apresentando um duelo dramático em vez de um simples ferimento em campo de batalha. Os destinos de Fili e Kili também são mais proeminentemente exibidos, intensificando o impacto emocional. A adaptação cinematográfica de O Hobbit toma liberdades criativas que alteram o ritmo, arcos dos personagens e dinâmicas de conflito da história original. Embora essas mudanças possam não agradar a todos os fãs, elas contribuem para uma narrativa mais focada na ação que complementa a saga mais ampla da Terra-média.
Em última análise, tanto o livro quanto os filmes oferecem experiências únicas, cada um com seus próprios méritos.